Quando se fala em estilo dos anos 20, a primeira coisa que se vem na cabeça são as melindrosas com seus vestidos esvoaçantes, cabelos curtos e makes extremamente elaboradas. Mas... Elas não eram as únicas mulheres a balançarem aquele universo. Existiam, aliás foram sensação no cinema bem antes das flappers, um estilo de garota que mexiam com o imaginário masculino e feminino: as vamps.Mas muita calma nessa hora com esse termo... Pois hoje em dia o termo Vamp está mais associado ao vampirismo e sadomasoquismo. O "ser vamp" dos anos 20 pode-se dizer que era bem mais light.
Vamps eram as femmes fatales da época, mulheres de aparência sedutora, misteriosas, que levavam os homens a loucura... E mulheres ao ódio de tanta inveja por não possuírem seus poderes. Em sua maioria, as vamps eram mulheres de fora dos Estados Unidos, muitas vezes de países do Leste Europeu, com um ar mais exótico. Essas mulheres eram tidas como a personificação de obras literárias e da arte, podendo hipnotizar e sugar toda a vitalidade de seus amantes... Como um vampiro, daí o termo Vamp.
Quem popularizou o termo foi o poeta Rudyard Kipling em seu poema "The Vampire", e como seu poema se tornou bastante popúlar, principalmente a expressão "A fool there was...", se tornou o título de um filme em 1915 (e diga-se de passagem, os diretores se aproveitaram do sucesso do poema e o usaram no promocional), estrelado pela atriz Theda Bara, que se tornou instantaneamente o maior símbolo Vamp da época.
Logo as principais estrelas do cinema e afins começaram a seguir o "estilo Vamp" de Theda, uma clara oposição ao estilo saudável e romântico de Mary Pickford e Lillian Gish. As vamps eram exóticas, com traços europeus ou asiáticos, com a pela acentuadamente pálida e muita maquiagem marcando olhos e boca (o que foi adotado pelas flappers também).
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1. Theda Bara
O seu nome artístico seria um anagrama de "Arab Death" ("Morte Árabe"). Justificou-o no filme que a consagrou: "A Fool There Was" (Escravo de uma paixão) (1915).
Bara era uma das atrizes mais populares do cinema de sua era, além de ser um dos primeiros símbolos sexuais do cinema. Theda Bara atuou em mais de 40 produções cinematográficas entre 1914 e 1926. As cópias completas de somente seis destas películas ainda existem.

Nascida Muriel Harding, Olga Petrova foi uma atriz e roteirista inglesa do cinema mudo americano. Foi a primeira diva da Metro Pictures (que depois virou MGM), sempre em papéis de femme fatale. A maioria de seus trabalhos no cinema está infelizmente perdido.
Outras atrizes também podem ser citadas como musas vamp: Helen Gardner , Louise Glaum , Valeska Suratt , Virginia Pearson, Nita Naldi, Estelle Taylor, Jetta Goudal, Rosemary Theby e Myrna Loy em seus primeiros anos de carreira.
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